quarta-feira, 13 de abril de 2011

MAIS UM DEPUTADO SOFRE DEVASSADA DA PF


Governador Anastasia sempre ao lado de más companhias como a do
deputado de "gravata limão" encrecado pela PF. Em 2010 o governador posou a lado de outra indiciada, a presidente do Banco Rural, Kátia Rabelo


Operação Convite Certo põe em crise

credibilidade da advocacia


Polícia Federal cumpre mandado no gabinete de Dilzon Melo, o mesmo que disse que auxílio-moradia de R$ 2.250,00 pra deputado é muito pouco



A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado e primeiro-secretário da mesa da Assembleia Legislativa, Dilzon Melo, nesta quarta-feira. Chamada de Operação Convite Certo, a intenção é reprimir a organização criminosa que atuou em diversar prefeituras no interior de Minas, fraudando licitações para contratação de assessoria jurídica. Às 6h desta quarta, o delegado mineiro que chefiou esse mandado, Ricardo Venâncio, um agente da Polícia Federal e um escrivão chegaram ao gabinete do deputado e vistoriaram, a portas fechadas, computadores e documentos. Por volta das 10h, os três saíram rapidamente do local, com uma sacola preta de conteúdo não identificado pela equipe de reportagem do jornal Estado de Minas.


Segundo a PF, a investigação tem o comando do delegado Renato Sarquis, e surgiu como desmembramento da Operação Pasárgada. De acordo com as investigações, o grupo criminoso, pelo que tudo indica existe o envolvimento do deputado, utilizava agentes públicos para a montagem fraudulenta nos processos, simultaneamente à inserção ilícita na máquina pública municipal, "de modo a direcionar o certame para a contratação de empresas (escritórios de advocacia)", vinculadas aos interesses da organização.

A PF afirma que ficou "evidente" a participação de associados a dois escritórios de advocacia, que repartiam o loteamento de contratos de consultoria jurídica para as prefeituras municipais. "A prestação dos serviços de consultoria em si não é ilícita, mas neste caso, repleta de nulidades, dada a origem criminosa que desencadeou a contratação administrativa", informou a Polícia Federal, em nota divulgada à imprensa no meio da manhã.


Na manhã desta quarta, foram cumpridos oito mandados de prisão, 19 mandados de busca e apreensão e duas conduções coercitivas. Entre os presos, há advogados, procuradores de municípios, agentes públicos e assessores parlamentares. As prefeituras onde foram cumpridas as buscas e apreensões são em: Alfenas, Boa Esperança, Campanha, Campos Gerais, Coqueiral, Carmo do Paranaíba, Dores do Indaiá, Nepomuceno e Três Pontas. Até o momento, a informação é de foi apreendido dinheiro em espécie e farta documentação do esquema criminoso.

A Operação Convite Certo apurou os crimes de formação de quadrilha, visando a prática de fraudes licitatórias, além dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato e outros, "quando os autores se propunham à distribuição de propinas", afirma a PF.

A Polícia Federal enviará ao Ministério Público elementos para instruir a ação penal e argüir a nulidade dos contratos administrativos, firmados com essas prefeituras, mediante ação civil pública. As penas máximas, somadas, poderão chegar até trinta anos de prisão.


Fonte:

Patrícia Scofield do Jornal ESTADO DE MINAS

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