quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fim de programa da TV Minas causa perplexidade

Perplexos, os jornalistas da TV Minas receberam a informação de que o programa Planeta Minas vai acabar e já tem data para ir ao ar pela última vez: o dia 27 de junho

Perplexidade, não só dos jornalistas, mas também de todos aqueles que querem o bem da emissora como TV pública, do Estado, e não de eventuais governantes. Graças ao empenho de toda a equipe do Planeta Minas, hoje o programa é tido como o melhor da TV mineira e uma das melhores produções jornalística das TVs públicas brasileiras. É o único feito em Minas que repercute em todo o país, ao ser reproduzido por outras emissoras estatais. Por tudo isso é um dos mais premiados, não só em Minas, mas, sobretudo, no Brasil. Apenas no ano passado foram 16 prêmios, dentre os quais em três categorias do Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público, instituído pelo Sindicato dos Jornalistas de MG.

A alegação apresentada pela direção da TV Minas a seus profissionais é de corte de gastos e de que o programa é caro. Isso causa estranheza, uma vez que a emissora é beneficiada por renúncia fiscal, e o Planeta Minas é um dos programas beneficiados pela Lei de Incentivo Cultural. O diretor da ADTV, Hugo Teixeira confirmou o fim do Planeta Minas no seu atual formato e dentro dos temas hoje abordados. A equipe de 17 jornalistas será reduzida para 14 com o remanejamento de três profissionais para outros programas e projetos. O Planeta Minas sai da Diretoria de Jornalismo, onde foi criado e desenvolvido, e vai para a área de Produção e Programação "sem redução de custo”, disse. Serão eliminados os programas Geral, Convida e .Ciência e Tecnologia . A atual equipe fará a partir de agora quatro programas mensais tratando apenas do tem Meio Ambiente. Ainda não se sabe como será o novo formato e nem se o nome Planeta Minas será mantido.

O fim do programa é ainda mais preocupante por reforçar informações de que a TV Minas cada vez mais se afasta de sua função como TV do Estado para que sua programação seja colocada à disposição dos interesses do governo estadual. Há indicações de que a programação jornalística da emissora cada vez mais abre espaços para os interesses das secretarias de Estado, assim como há informações de gestões para que o conteúdo jornalístico de interesse do Executivo seja introduzido cada vez mais nas chamadas TVs educativas espalhadas pelo interior de Minas, que estariam, inclusive, sendo instrumentalizadas para isso com ajuda do Estado.

Portanto, mais do que nunca aumenta a necessidade de reinstalação do Conselho Curador da TV Minas, para que seus integrantes possam atuar para garantir a manutenção dos princípios que orientam uma emissora pública. É importante, também, que a sociedade mineira e o Ministério Público abram seus olhos para o que vem acontecendo nesta TV do Estado de Minas Gerais, cuja estrutura é motivo de orgulho e um exemplo para os demais estados.


Fonte: Site Jornalistas de Minas

segunda-feira, 9 de maio de 2011

ARTIGO







Por Geraldo Elísio - www.novojornal.net


"A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa" – Jô Soares



Um novo movimento pode ganhar as ruas e praças do Brasil a exemplo das Diretas-Já, que proporcionou a redemocratização brasileira, surgiu na última sexta-feira (6) em Belo Horizonte: A Campanha Nacional Contra a Corrupção,objetivando o recolhimento do maior número possível de assinaturas em todo o território nacional, objetivando a aprovação do projeto de eliminar da vida pública todos os que atentem contra o bem estar do povo brasileiro.

O deputado federal delegado Protógenes Queiroz, do PC do B de São Paulo, esteve em Belo Horizonte no último dia 6 de maio, oportunidade em que participou de um debate no Centro Universitário UNA – centro de BH – para falar do Projeto de Lei Federal 21/2011 que altera as penas para os crimes de corrupção no Brasil.

Durante o evento promovido pela Associação dos Jornalistas do Serviço Público – Ajosp – com o apoio do Sindicato dos Professores de Minas Gerais – Simpro – UNA, Associação dos Funcionários e Fiscais do Estado de Minas Gerais e Auxiliadora Previdenciária, Protógenes foi surpreendido com o levantamento da tese de início da campanha.

No primeiro momento a ideia – extra-oficialmente – recebeu o apoio de pessoas ligadas a OAB, CNBB, ABI, magistratura, jornalistas, estudantes e sindicatos, defendendo que estes segmentos sociais se mobilizem nacionalmente com o objetivo de barrar de forma legal e democrática o processo de corrupção instalado em diversos níveis da vida brasileira, colhendo assinaturas contra tal desmando.

A ideia tem um caráter suprapartidário, independentemente de ideologias, mas confrontando a ética e a transparência com a corrupção instalada que se torna fonte de perversão de diversas outras distorções econômicas e sociais que afligem o Brasil. O consenso é de que “os brasileiros estão fartos, cansados e sofridos com tanta corrupção, faltando apenas um movimento catalisador para mobilizar todos os interessados na questão”.

Um manifestante argumentou que “isto servirá para por à prova quem é contra ou a favor da corrupção”, acrescentando que a mídia, pela própria natureza do momento, “não faltará com o seu apoio, o que facilitará o movimento aglutinador. Claro, nenhum preceito democrático será ferido. Se alguém for a favor da corrupção estará exercendo um direito, porém sabendo que a Lei pode atingi-lo, inclusive com penas mais duras como deve ser”.

Como disse o jornalista Cláudio Vilaça, que presidiu a Mesa dos Trabalhos, “todo movimento social de largo alcance começa pequeno a exemplo das Diretas-Já e vai ganhando corpo à medida que as pessoas vão tomando conhecimento do mesmo”. A irmã Maria Alva, que esteve presente ao debate representando o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo explicou que apenas a CNBB pode falar oficialmente do assunto, mas que ela vê com bons olhos uma iniciativa desse porte, principalmente desprovida de caráter político partidário.

O juiz de Direito da Comarca de Contagem, na mesma linha de raciocínio disse acreditar que a medida proposta “tem todos os requisitos” para ser apoiada pela Amagis, organização que congrega os magistrados em Minas, e AMB no plano nacional, com ele concordando o doutor William Santos, presidente da CDH da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Minas Gerais, igualmente dizendo que a OAB nacional não se furtará a prestar mais um serviço ao Brasil, “enriquecendo a sua vasta história”.

Durante o debate o deputado federal Protógenes Queiroz, com a concordância geral expôs a necessidade de ampliação das penas para os crimes de corrupção, recebendo de diversos manifestantes a sugestão de que os mesmos se tornem hediondos e que a Justiça possa dispor da agilidade necessária para ressarcir a sociedade dos bens furtados da mesma forma como os traficantes perdem os seus bens auferidos com a prática do crime organizado e da traficância.

Ao final do debate, o deputado federal delegado Protógenes Queiroz informou que está lutando também para que os crimes envolvendo jornalistas em função do exercício profissional, a partir de seis meses não sendo esclarecidos, passem à órbita de investigação da Polícia Federal, acrescentando que a federalização de tais violências contribuirá igualmente para o combate à corrupção.

Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Debate dia 06, SEXTA!

Por Geraldo Elisio


Apesar de todas as distorções que ocorrem na sociedade, o mundo avança, ora retrocedendo, ora sendo impulsionado para a frente, porque o homem continua ignorando a figura do “Imponderável de Souza”, parente próximo do “Sobrenatural de Almeida”, criado pelo Nelson Rodrigues.

Assim, no próximo dia 6 de maio, no Centro Universitário – UNA – campus Aimorés, uma sexta-feira, a partir das 19 horas, na Rua Aimorés, 1,541, no Bairro Lourdes, em Belo Horizonte, em promoção da Associação dos Jornalistas do Serviço Público de Minas Gerais – Ajosp – com apoio do Simpro/MG, Sindicato dos Professores de Minas Gerais, UNA, Associação dos Funcionários e Fiscais do Estado de Minas Gerais e Auxiliadora Previdenciária, haverá um debate sobre o Projeto de Lei Federal 21/2011 que altera as penas para os crimes de corrupção no Brasil.

Os debatedores que estarão presentes na ocasião são o jurista e ex-ministro do Trabalho, Almino Afonso, o deputado federal delegado Protógenes Queiroz, do PC do B de São Paulo, propositor da matéria a ser votada, o deputado estadual Durval Ângelo, (PT/MG), doutor Michel Curi, juiz de Direito da comarca de Contagem e William Santos, presidente do CDH da OAB/MG.

A entrada será franca e representa uma ótima oportunidade de participação para aqueles que não estão satisfeitos com as improbidades que são praticadas em todos os níveis da vida pública brasileira.

Segundo o presidente da Ajosp, jornalista Cláudio Vilaça, este é mais um esforço das entidades que promovem o debate, no sentido de inverter a situação, fazendo com que “todos os brasileiros tenham a oportunidade de fazer valer a sua voz no sentido de punir os corruptos que avassalam o Brasil”.

Fonte: www.novojorna.net