quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mobilização contra a corrupção

Em Minas a sociedade começa a se mobilizar contra os

corruptos em todos os níveis institucionais



Geraldo Elisio - novojornal.net


Em um Brasil cansado da corrupção generalizada, principalmente no âmbito das instituições que compõem os Poderes da República, a semente lançada pelo deputado federal Protógenes Queiroz, (PC do B/SP), no sentido de aumentar as penas para os crimes do colarinho branco, que passarão a ser tratados como crimes hediondos, começa a germinar a partir da sua última visita a Belo Horizonte quando ele proferiu palestra sobre o assunto no auditório da UNA, atendendo a um convite formulado pelo presidente da AJOSP, jornalista e acadêmico de Direito Cláudio Vilaça.

Ontem o evento teve desdobramento com uma reunião convocada pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos da OAB Seção de Minas Gerais, advogado William Santos, por ele presidido, contando ainda com as presenças dos doutores Felipe Autran, integrante da Casa Civil e representando o governo de Minas; promotor Leonardo Barbabela, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público; doutora Rose Freitas, representante do deputado federal Protógenes Queiroz, autor do PL 21/2011; e Cláudio Vilaça, presidente da Associação dos Jornalistas do Serviço Público de Minas Gerais – AJOSP.

Movimento popular

Para uma platéia integrada por representantes de diversas entidades que compõem a sociedade civil organizada, inclusive a Igreja e sindicatos, além de professores, ao abrir a sessão o doutor William Santos disse da necessidade do movimento lançado pelo deputado Protógenes Queiroz ganhar um caráter de uma ação de massa como o foi as Diretas-Já.

Para ele “o povo brasileiro já está cansado do cotidiano de corrupção, advertindo que as reiteradas reincidências não são um bom caminho para a consolidação democrática de um Brasil que pretende se afirmar como potencial mundial.

Entre os componentes da Mesa de Trabalho que se expressaram na ocasião, o representante do Governo de Minas, Felipe Autran, que trabalha na Casa Civil, cujo secretário é o ex-deputado federal Danilo de Castro, salientou que “o governo mineiro se adiantou a todas as demais unidades federadas do Brasil, editando uma Lei que não permite a atuação em seus quadros profissionais de nenhum “ficha suja”.

O promotor Leonardo Barbabela apoiou a idéia de combate à corrupção, ele e outros profissionais da área de direito presentes ao Salão Multiuso posteriormente comentando sobre aspectos técnicos do projeto de Protógenes, sem prejuízo do conteúdo, mas visando aperfeiçoá-lo tecnicamente”.

Leonardo Barbabela informou que ele e o promotor Eduardo Nepomuceno que também estava presente ao local, chegaram a processar um cidadão (ele não citou o nome) envolvido em crime de colarinho branco e agora os dois estão sofrendo retaliações processuais numa inversão de papéis.

Cláudio Vilaça lembrou que as Diretas-Já começaram com um número reduzido de populares até atingir as dimensões que forçaram a redemocratização do Brasil, opinião compartilhada por todos os presentes.

Rose Freitas, a representante do deputado federal Protógenes Queiroz no início da reunião abordou as linhas gerais do PL 21/2011, agradecendo em nome do parlamentar da bancada paulista e afirmando que em futuros desdobramentos Protógenes voltará a Belo Horizonte.

O presidente do Conselho de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Minas Gerais, ao agradecer a participação dos presentes manifestou a sua confiança no crescimento do movimento anti-corrupção e assegurou que novas reuniões deverão ocorrer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tem um erro no texto. Quem é secretária de Casa Civil e de Relações Institucionais de Minas Gerais é a Maria Coeli Simões Pires, servidora de carreira do estado.