Relatório aponta Teófilo Pereira como integrante da quadrilha do bandido condenado Marcos Valério sócio das empresas de publicidade SMP&B e DNA
Teófilo Pereira é contador graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Newton Paiva (1975), foi servidor da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, no período de 1976 a 1995, onde exerceu as atividades de Auditor, Gerente de Controladoria, Gerente Administrativo e Financeiro. Ocupou também o cargo de Diretor Administrativo e Financeiro do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais - Fundação Hemominas, no período de1995 a1998. É membro do Conselho Fiscal da APAE de Belo Horizonte, desde 2002, e do Conselho Diretor da Fundação Renato Azeredo, desde 2007. Foi Diretor de Suprimento e Distribuição, no período de 2003 a 2010, da Imprensa Oficial de Minas Gerais – IOMG, onde assumiu desde fevereiro de 2011 a Diretoria Industrial.
O mesmo extenso currículo também coloca Teófilo Pereira no “banco dos réus” no processo do “Mensalão Mineiro” juntamente com Cláudio Mourão, o famoso ex-tesoureiro de campanha do ex-governador Eduardo Azeredo (1995/1998) e de seu vice-governador Walfrido dos Mares Guia, além do ex-secretário da Fazenda João Heraldo (que coincidentemente ocupou o cargo de diretor do Banco Rural no fim do governo de Eduardo Azeredo). Este último era responsável pela administração financeira da campanha da coligação PSDB/PFL, juntamente com Denise Pereira Landim e Teófilo Pereira.
Há muito mais coisas no relatório da Polícia Federal (PF) na famosa "Lista do Mourão", que fala em arrecadação de cerca de R$ 100 milhões durante a campanha de Azeredo (os declarados ao Tribunal Regional Eleitoral foram apenas R$ 8.555.878,97). Além dos “arquitetos”, há nomes de candidatos a deputado que receberam dinheiro da campanha, entre eles, o ex-governador e atual senador Aécio Neves, ocasião em que foi candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados pelo PSDB, e que teria sido contemplado com R$ 110 mil, de um total de mais de R$ 10,8 milhões que teriam sido repassados a candidatos, partidos políticos e até sindicatos. O relatório da PF acena com uma arrecadação de cerca de R$ 100 milhões para a campanha de reeleição do governador Eduardo Azeredo, em 1998, mas só comprovou gastos de pouco mais de R$ 28 milhões. Há ainda muitas incógnitas nesse processo.
O relatório do delegado Luís Flávio Zampronha diz que a autenticidade do documento assinado por Cláudio Mourão, com data de 7/6/2005 e entregue pelo lobbysta Newton Monteiro à PF (ele disse, em depoimento, ter recebido o documento do próprio Mourão, no apartamento de Danise Landim, responsável junto com Teófilo Pereira, pelas finanças da campanha eleitoral), foi comprovada pelo INC, órgão pericial da Polícia Federal.
Em declarações à imprensa, Azeredo disse que nunca houve mensalão em Minas e nem pagamento a deputados para votar projetos de interesse do governo. De fato, o relatório não trata disso, mas de um esquema para arrecadar ilegalmente dinheiro para a campanha eleitoral. O processo criminal está hoje no Supremo Tribunal Federal sob a relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, onde aguarda julgamento ainda esse semestre.
Teófilo Pereira participou na Imprensa Oficial de outros atos supostamente suspeitos, como a contratação sem licitação pública da empresa carioca Módulo Security (sob investigação MP Estadual, inquérito ) após denúncia encaminhada pela AJOSP.
Além de exigir o cumprimento do Decreto do “Ficha Limpa Mineiro” aos seus cargos correligionários, está na hora do governador Anastasia exigir também qualificação profissional daqueles que ocupam esses cargos dentro do governo estadual.
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