sábado, 5 de março de 2011

GLOBO "planta" factóide contra Boitempo

GLOBO e FOLHA: Factóides criados por "donos da mídia" querem Emir longe do poder


A Boitempo Editorial lamenta que como parte da ofensiva contra o sociólogo autor da editora, jornalista Emir Sader, publicada na edição desta sexta-feira, 4 de março de 2011.



ESCLARECIMENTOS


A editora esclarece que a venda dentro dos programas governamentais e o financiamento de livros por meio de leis de incentivo à cultura são práticas regulamentadas, que contemplam inúmeras casas publicadoras brasileiras e são de interesse tanto de quem trabalha com livros quanto de quem é beneficiado por essas medidas, como bibliotecas e escolas públicas. Infelizmente, o jornal não forneceu outras referências do mercado editorial, que mostrariam ao leitor a real dimensão da captação de recursos e vendas governamentais da Boitempo.
GLOBO foi mais beneficiada

Uma comparação emblemática é a venda, em 2010, de 27.200 exemplares da Editora Globo à Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura, em um total de R$ 640 mil; enquanto no mesmo ano a Boitempo vendeu à instituição 800 exemplares ao custo de 1/13 do valor pago à Globo (R$ 49 mil). Estabelecendo a comparação em vendas ao Ministério da Educação, só do PNBE 2009 a editora Globo ganhou mais de R$ 1,3 milhão; enquanto a venda da Boitempo foi de R$ 196.380,94. Os números mostram claramente que se há privilegiados nossa editora não está entre eles.

Sobre a autorização dada pelo MinC em 2007 (a segunda em toda a existência da Boitempo) à captação de recursos para a produção de uma obra, o valor informado pelo jornal (R$ 1,058 milhão) está errado. A quantia aprovada pelo MinC por meio da Lei Rouanet foi de R$ 681.416,00, ainda não captados.

Há 16 anos no mercado editorial, a Boitempo se firmou produzindo obras de qualidade, com um catálogo consistente e opções editoriais claras. Entre as muitas obras reconhecidas internacionalmente e premiadas em nosso país está a Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe, uma publicação de dimensões únicas, com quase 1.400 páginas, escritas por autores de cerca de 20 países. Trata-se de um esforço editorial de mais de três anos de coordenação, conteúdo e qualidade, na criação de um material inédito e de referência sobre a nossa região, reconhecido nacionalmente ao receber da Câmara Brasileira do Livro, em 2007, o Jabuti de Livro do Ano de Não-Ficção, prêmio mais tradicional e importante do setor editorial brasileiro.


Fonte: Boitempo Editorial - Por Ivana Jinkings

Nenhum comentário: