quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SJPMG e AJOSP buscam enquadramento dos jornalistas

Dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e da Associação dos Jornalistas do Serviço Público reuniram-se nesta terça-feira, 2 de dezembro, com o subsecretário de Comunicação Social, Sérgio Esser, quando solicitaram seu empenho para eliminar as distorções provocadas pela nova nomenclatura de funções exercidas pelos jornalistas do serviço público estadual, que passaram a ser designados gestor e analista.

A omissão da função específica de jornalista vem provocando problemas no enquadramento, na progressão de carreira e até na aposentadoria dos jornalistas de serviço público. Outro problema tratado foi viabilização do desconto em folha para pagamento da mensalidade sindical dos jornalistas filiados ao SJPMG.

Para Aloísio Morais, é preciso resgatar a valorização dos jornalistas, sobretudo no serviço público. "A implantação de cargos e carreiras deve ter como objetivo principal a melhoria das condições de trabalho e salariais, para que os profissionais sejam valorizados e tenham oportunidade de progredir dentro da carreira ao longo dos anos".

O Subsecretário de comunicação disse que irá discutir as reivindicações das entidades na Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), a fim de que sejam corrigidas as distorções no plano de carreira do Estado para os jornalistas concursados. Sérgio Ésser se comprometeu a dar um retorno aos dirigentes sindicais. Participaram do encontro, pelo sindicato, o presidente Aloísio Morais e a diretora Janaina da Mata e, pela associação, o seu presidente, Cláudio Vilaça.

Funções jornalísticas
Segundo Cláudio Vilaça, o Governo do Estado está tratando as carreiras profissionais de forma genérica, assim, fica "menos oneroso" para o governante conceder o reajuste salarial em bloco. "Quando o governo inclui todos os cargos de nível superior numa única carreira, além de não levar em consideração o desempenho da função, permite apenas a concessão de reajustes salariais de forma genérica”, explica.

- Em conseqüência disso – continua o presidente da AJOSP – o governo despreza a representação sindical e as conquistas de um determinada categoria. Isso ocorre não só com os jornalistas, mas outras carreira prejudicadas em função da lei 15.470, como a dos médicos e dentistas do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPSEMG), que hoje são tratados como analistas de seguridade social – diz.

E continua Cláudio Vilaça: “Queremos que o governo tenha sensibilidade e crie uma carreira no Estado exclusiva para os jornalistas do serviço público estadual (Imprensa Oficial, Rede Minas, Rádio Inconfidência e assessorias de comunicação), seguindo o exemplo da proposta que está sendo construída pelo Governo Federal, em comum acordo com a FENAJ, SECOM e Min. do Planejamento, onde será exigido o concurso público para ingresso no Estado. Com isso, creio que estaremos interrompendo esse processo nefasto da precarização da atividade jornalística pela terceirização. A proposta da criação da carreira exclusiva de jornalista tem apoio do Ministério Público Federal”.


Fonte: Site do SJPMG - Assessoria de Comunicação

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